No Mato Grosso, universitários dão os primeiros passos no cultivo de agroflorestas

Flavio SAF 1 Comment

Estudantes cultivam área da UFMT para aprendizado de técnicas para implantação e manejo de agroflorestas

A promissora parceria entre a Universidade Federal do Mato Grosso, a Novo Encanto e o MAIS (Movimento de Agroflorestores de Inclusão Sintrópica) teve mais um fruto com o I Curso de Agloforesta Sintrópica em Cuiabá – MT, entre 07 e 09 de julho.

A iniciativa “semeia”, em uma geração, melhores valores no trato com os recursos naturais e traz para a Academia as técnicas de manejo agroflorestal, aproveitando, ao máximo, a abundância que a Natureza proporciona quando se trabalha em harmonia com suas leis e ciclos.

Numa área de 12x6m cedida pela Universidade, um grupo de 41 inscritos, entre estudantes da UFMT e público externo, recebeu orientações sobre a implantação e o manejo de agroflorestas. O aprendizado de alternativas viáveis para a produção agrícola, em harmonia com o ecossistema florestal, foi o principal motivador do interesse dos participantes.

Foram três dias de trabalho teórico e prático, conduzidos por João Gilberto Milanez, associado da Novo Encanto e integrante do MAIS. Para ele, os benefícios do trabalho vão além do uso otimizado da própria fertilidade do solo coberto pela floresta: “a partir do ponto em que plantamos o alimento que nós mesmos vamos consumir, estamos consolidando mais valor à nossa terra e ao nosso trabalho”, destaca Milanez.

Andrei Oliveira, estudante de Agronomia e um dos organizadores do encontro, lembra que a realização do curso foi um momento de reconhecimento da alternativa da agrofloresta como um caminho seguro para o futuro: “é fundamental que a gente tenha esse tipo de experiência na academia e veja uma maneira diferente de produzir que gere benefício social, econômico e ambiental”, pondera Andrei.

Alunos dos cursos de Engenharia Florestal, Gestão Ambiental, Geologia e Psicologia também integraram o movimento

Daqui para a frente, a intenção é multiplicar o conhecimento sobre o plantio agroflorestal. O próximo passo é a produção de um projeto capaz de financiar ferramentas necessárias para a manutenção da agrofloresta plantada na área da Universidade Federal do Mato Grosso, destaca o estudante.

O Presidente da Novo Encanto, Teodoro Irigaray, e também professor da UFMT, destaca a importância da iniciativa que enriquece a formação de agrônomos, geralmente concentrada na agricultura químico-industrial, apontando alternativas para uma produção sustentável e diversificada, com a conservação do solo e das águas.

Assim, a Novo Encanto atende a um de seus propósitos: o apoio à difusão do conhecimento de tecnologias produtivas alinhadas com a conservação do meio-ambiente.

Para o mês de outubro, está em organização uma formação em agrofloresta na Bahia, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador,.

 

Por Denise Farias, editora de conteúdo da Fanpage da Novo Encanto no Facebook

Comments 1

  1. Eu entendi direito?! Cederam uma área de 12×6m ? Eu faço isso aí no terreno baldio aqui com 13×30m e realmente o resultado é muito bom. Era um lixão e agora tenho pra comer mandioca, banana, quiabo, mamão,uns pés de cana. Mas o que não entendo é por que os políticos não fazem projeto pra pegar esse monte de propriedades que todo ano pega fogo e destrói o solo e distribui pra quem quiser implantar esse sistema. Eu mesmo gostaria fazer.

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