A Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico promoveu nos dias 16 e 17 de novembro, em Manaus-AM, o I Seminário de Direito Amazônico – Desafios à Conservação da Amazônia. O evento foi realizado em parceria com a Associação de Juízes Federais da 1a Região e teve como objetivo aproximar os Juízes Federais dos grandes problemas da Amazônia, entre eles a conservação da floresta e as questões indígenas.
De acordo com o presidente da Novo Encanto e coordenador científico do Seminário, Teodoro Irigaray, a associação exerce, através de eventos como este, o protagonismo que lhe cabe no sentido de se integrar a diversas outras organizações cujos objetivos estão em acordo com os princípios da Novo Encanto.
“A organização desse evento representa um avanço no trabalho de educação ambiental, de qualificação. Tenho certeza que muitos outros eventos de relevância nacional e internacional serão promovidos pela Novo Encanto em parceria com outras organizações”, garantiu Irigaray.
Para o presidente da Associação dos Juízes Federais da 1a Região – AJUFER, Leonardo Tocchetto Pauperio, a participação dos Juízes Federais em um evento com este foco é fundamental no exercício da magistratura. “Nós temos dito que os Juízes Federais da 1ª Região são os Zeladores da Amazônia. Todos nós podemos e devemos zelar. E os Juízes Federais da 1ª Região têm essa vocação por uma legitimidade regional que ostentam”.
De acordo com Pauperio, toda a Amazônia brasileira está contida na 1ª Região da Justiça Federal e essa 1ª Região está sob jurisdição e responsabilidade da AJUFER, promotora do Seminário ao lado da Novo Encanto. “Precisamos cumprir com esta responsabilidade, e para isso precisamos compreender bem a sua importância e suas demandas (Amazônia)”, ressaltou.
A participação em eventos como este, que reúnem juízes, pesquisadores e estudiosos do tema Amazônia trazem ainda mais clareza para os magistrados. Segundo a Juíza Federal Mara Elisa Andrade (Manaus-AM), que participou do evento, é de grande importância essa oportunidade de debater essas questões com outros colegas de outras regiões, e também com professores de universidade. “Isso nos engrandece, nos enriquece de conhecimentos que podem ser usados no nosso dia a dia, no nosso cotidiano na vara ambiental”, afirmou.
Também presente ao encontro, Roberto Evangelista, que ocupa o cargo de Mestre Assistente Geral da União do Vegetal, fez a fala de encerramento do evento, e enfatizou a necessidade de despertar a consciência para termos um olhar mais espiritual em relação à natureza e o que ela representa para a humanidade.
“Somos convictos da nobreza dessa causa e que a mesma contribui significativamente para a promoção do homem e pela paz na terra. A Terra, um organismo vivo que se nutre de si mesma e que, ao longo das eras, vem concedendo vida e possibilidades de vida à todos que nela vivem, até hoje aguarda pelo seu pleno reconhecimento como fonte geradora de vida, fonte geradora da própria humanidade”, enfatiza.