Plantio de horta de ervas medicinais em Rorainópolis

Luciana Granados Biodiversidade Deixar Comentário

Alfavaca, hortelã, boldo, folha santa, capim santo e cana da índia. Estas são algumas das ervas medicinais que já podem ser encontradas na horta medicinal do Núcleo Constantino, em Rorainópolis, em Roraima.

São plantas de uso tradicional, inseridas na cultura cabocla e que possuem comprovados efeitos benéficos para a saúde. Como entidade ecológica, que entende o ser humano como parte integrante da natureza, a NE incentiva este tipo de iniciativa, para que a saúde de cada um possa ser restabelecida de uma forma natural.

Segundo Moacir José dos Santos, monitor da NE na época da implantação da horta, a ideia do plantio das ervas surgiu devido às características locais. De acordo com ele, o Núcleo fica longe da área urbana, é rodeado por árvores de grande porte, e por isto as plantas medicinais podem ser um recurso imediato para aqueles que precisam se recuperar de algum problema de saúde.

“A esta necessidade, diz ele, se somou o fato do Núcleo ficar em um sítio, com espaço suficiente e apropriado para o desenvolvimento de diversos trabalhos agrícolas”. Moacir explica ainda que, “além da utilização das plantas para um processo de cura, a ideia é que elas sejam usadas de forma preventiva, contribuindo assim para uma vida mais saudável”.

Também colaboraram para a implantação do projeto os sócios Clara Elis dos Santos e Cleiton Costa, que já possuem experiência nesse tipo de atividade. Clara Elis, técnica em agropecuária, é responsável por manter o local limpo, as plantas adubadas e irrigadas. Sempre que necessário, ela também providencia novas mudas e prepara mais canteiros para recebê-las, contando com o auxílio dos demais sócios do Núcleo.

Cleiton Costa, que também é técnico em agropecuária, destacou que a ideia é expandir a horta para além dos limites do Núcleo. “O objetivo é fazer crescer esta iniciativa, distribuir mudas para que as pessoas tenham também em casa o benefício das plantas medicinais’’.

Clara Elis explica:

“Este horto de plantas medicinais tem como base o conhecimento caboclo, que vem sendo transmitido através das gerações. Como as ervas são nativas, elas só trazem benefícios. Não encontramos nenhuma que, se usada de forma correta, possa trazer malefícios à saúde, mesmo assim não liberamos as plantas sem fazer uma avaliação de cada caso, o uso é baseado em critérios seguros.”.

Para todos os que auxiliaram na implantação da horta, a avaliação é de que o trabalho adequado com as plantas medicinais tem contribuído para aprimorar o conhecimento do grupo em relação a técnicas de plantio e cultivo. Um benefício a mais, que vem se somar ao proporcionado aos sócios do Núcleo no momento da colheita destas plantas, que trazem em si o poder de zelar pela saúde de quem delas necessita.

Área de plantio da horta no Núcleo em Rorainópolis.

O trabalho com as plantas medicinais tem contribuído para aprimorar o conhecimento em relação a técnicas de plantio e cultivo.

 

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