Oficina de Manejo ensina a criar abelhas jataí, em Campinas

Flavio Biodiversidade, Educação Deixar Comentário

O Brasil tem aproximadamente 250 espécies de abelhas pertencentes à tribo Meliponini, chamadas popularmente de abelhas sem ferrão. As espécies mais conhecidas são a jataí, mandaçaia, manduri, a mandaguari e a uruçu.

As abelhas são fundamentais para a polinização de plantas, pois possibilitam as trocas genéticas, garantindo uma variedade de sementes de diferentes espécies. Sem a colaboração delas, muitas plantas deixam de produzir frutos e sementes, podendo inclusive chegar à extinção.

Reconhecendo a importância do manejo racional (criação de abelhas em caixas especiais, que facilitam o manuseio das colmeias) de meliponários como forma de aumentar a participação desses insetos nos plantios, a Monitoria da 3ª Região da Novo Encanto ofereceu no dia 15 de outubro, em Campinas (SP), uma Oficina de Manejo de Abelhas Jataí.

A atividade, direcionada a 34 interessados na implementação dessa cultura nos núcleos da União do Vegetal, foi dirigida pelo meliponicultor e apicultor Daniel Carvalho Gomes. Um dos participantes, Augusto Cezar Soares Neto, Coordenador Regional da Novo Encanto na 3ª Região, demonstrou grande satisfação com a condução da oficina: “atividade bem organizada”, avaliou Augusto, “com um professor gabaritado para transmitir o conhecimento com clareza, paciência e tranquilidade”.

A oficina contou com aula expositiva (na qual foram explicados aspectos biológicos das abelhas) e aula prática (com confecção das iscas de garrafa pet e das caixas de Jataí, onde o enxame é instalado após a captura). Os participantes tiveram a oportunidade de observar a captura de dois enxames, momento mais apreciado do dia.

O biólogo Eduardo Martins, que também participou da oficia, acompanhou de perto esse resgate: “tenho uma colmeia no muro de minha casa, e ver a demonstração da técnica de coleta e transferência da colmeia para a caixa que tivemos a oportunidade de montar na oficina foi importante pra mim”, relata. “O mais divertido é que, depois do manejo e transferência da colmeia, tivemos o prazer de fazer uma deliciosa degustação do mel de Jatai”, conclui, Eduardo, satisfeito com o resultado do trabalho.

Texto: Julliana Santos

Foto: Alexandre Machado

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